11 de julho de 2012

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE 27 DE JUNHO 2012

Decorreu no passado dia 27 de Junho a reunião da Assembleia de Freguesia pelas 21:30 horas na sede da junta de freguesia da Reguenga.

A assembleia iniciou-se com a leitura da Acta da Assembleia Anterior, os membros do PSD votaram a favor, embora com um pequeno senão, foi proposto pelos membros do PSD que o executivo da junta de freguesia realiza-se uma semana de praia para os idosos, embora não constando esta proposta na acta os membros votaram favoravelmente.
No período antes da Ordem do dia foram feitas as seguintes propostas pelos membros do PSD:
1. Os membros eleitos pelo Partido Social Democrata, e, presentes na Assembleia de Freguesia, após a presença constante nas Assembleias de Freguesia de um habitante da Travessa Nossa Senhora de Fátima, a revindicar o arranjo da referida Travessa, e embora já sinalizada também pelos membros do PSD em anos anteriores, decidimos fazer uma visita ao referido local. No local verificou-se que realmente o estado do piso está bastante degradado, e a necessitar na verdade, de uma verdadeira reforma a todos os níveis. As águas vêm desaguar ao caminho, provocando regos profundos, o muro que foi referido pelo morador, é o muro de suporte do caminho, e não da parte superior dos terrenos particulares.
Embora reconhecendo, que esta não é uma obra fácil de executar, vimos alertar para o perigo existente no local e propor que o executivo tenha em atenção esta obra, como uma das mais urgentes e necessárias a executar na nossa freguesia nos próximos tempos, uma vez que quanto mais tempo passar, mais tempo se degrada, e, em pior estado fica.
2. O GIP (Gabinete de Inserção Profissional) tem por objetivo apoiar jovens e adultos desempregados na definição ou desenvolvimento do seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho, verificamos que o GIP a funcionar na sede da junta foi uma grande perda para a freguesia. Uma vez que em tempos de crise, e onde o desemprego atinge níveis nunca antes vistos, o mesmo era fundamental para a ajuda aos jovens e aos adultos na procura de emprego, apoiando um maior desenvolvimento económico e social, assim como tornava os serviços da junta de freguesia mais em conformidade com a população que poderia deslocar-se a qualquer hora e a qualquer dia da semana à junta de Freguesia.
Conforme aviso colocado na sede da junta de freguesia, esta decisão de fechar o GIP na Reguenga, foi por ordem superior. Gostaríamos de perguntar ao Sr. Presidente da Junta quem tomou a decisão de fechar o GIP? Quais os motivos apresentados para que após tantos anos de funcionamento, o GIP da Reguenga fechasse?
Os membros do Partido Social Democrata, nesta questão estão ao lado do executivo, lutando e procedendo de todas as diligências junto da instituição responsável pelo encerramento do Gabinete, de forma que o GIP volte a funcionar na nossa freguesia.
3. Como é do domínio público foi já promulgada a Lei 22/2012 que estabelece os objetivos, os princípios e os parâmetros da reorganização administrativa territorial autárquica, define e enquadra os termos da participação das autarquias locais na concretização desse processo.
Esta Lei consagra a obrigatoriedade da reorganização administrativa do território das freguesias regula e incentiva à reorganização administrativa do território dos municípios.
Todos sabemos que a “redução substancial”, como recentemente noticiou o JN a propósito das afirmações do ex-ministro Silva Pereira num debate em Vila Real promovido pela TSF e pelo JN, resultou de “negociações muito duras”.
Silva Pereira, homem forte do governo socialista de José Sócrates, foi um dos membros do governo que liderou as negociações com os nossos parceiros internacionais, também conhecidos por troika, que resgataram Portugal da bancarrota, fruto dos devaneios, da incompetência e irresponsabilidade daqueles que governaram o nosso País nos últimos anos. O ex-governante socialista no dito debate foi claro, quando afirmou “A ideia que a troika trazia era muito clara: acabar com metade das autarquias (passariam a ser cerca de 150) e reduzir para um terço as freguesias (ficariam apenas 1420 das 4.259 existentes)”.
Ao contrário do que alguns defendem, a troika sabia muito bem o que eram e o que são freguesias. Se não soubessem, o ex-ministro Silva Pereira, nas tais duras negociações de que falou, seguramente teria explicado à troika, o que eram e para que servem as freguesias.
Qualquer que fosse o governo saído das últimas eleições legislativas estava obrigado a cumprir os compromissos com os quais o estado português se comprometeu.
O documento verde, que lançou o debate na sociedade portuguesa, sofreu um conjunto de alterações, fruto dos muitos contributos recolhidos que foram acolhidos pelo parlamento e pelo governo. Nesse documento verde, o concelho de Santo Tirso ficaria reduzido a 13 freguesias, o que significa que teria que reduzir 11.
O documento verde evoluiu para a Lei 22/2012. As alterações produzidas em alguns dos parâmetros, remeteu o concelho de Santo Tirso para o nível 2, o que reduziu a percentagem de freguesias a agregar, passando de 55% para 50% nas freguesias urbanas, e de 35% para 30% das restantes freguesias.
Com a Lei 22/2012, e sem utilizar a majoração prevista no número 1 do artº 7º do referido diploma, o concelho de Santo Tirso ficará reduzido a 15 freguesias, agregando 9 freguesias. Poderá ainda reduzir a 7 freguesias, caso a Assembleia Municipal se pronuncie, conforme previsto nº 1 do artº 7º, com um benefício de 20%.
No caso de não pronúncia por parte da Assembleia Municipal, caberá a uma Unidade Técnica, criada para o efeito, desencadear todo o processo de agregação, sendo aplicada a lei de forma rígida, sem a flexibilidade que a mesma permite em caso de pronúncia voluntária.
Com tudo isto, que é o que representa a lei, e apesar de tudo se ter feito para a contrariar, resta-nos defender a nossa freguesia, e como disseram os membros do Partido Socialista, aquando da apresentação da moção contra a agregação de freguesias, e apoiada pelos membros do PSD, “vamos vestir a camisola da nossa freguesia”, como tal, os membros do PSD querem propor uma votação nesta assembleia para que seja criada uma comissão, de forma a criar um parecer, em que não aceitamos a AGREGAÇÃO DA FREGUESIA DA REGUENGA.
Enquanto eleitos, devemos defender os melhores interesses da freguesia e da população da Reguenga. E, para isso e em conjunto com o executivo da junta, através de uma proposta técnica para servir de base à elaboração de um parecer que defenda e demonstre a intenção de não agregar com qualquer outra freguesia.
Termino dizendo, o interesse da nossa freguesia da Reguenga, está e estará sempre acima de qualquer interesse político/partidário. Todos juntos pela Reguenga.
Relativamente ao ponto número 1, o Sr. Presidente de Junta não teceu qualquer consideração, continuando a desconsiderar os verdadeiros e graves problemas da freguesia.
No que concerne ao ponto 2, afirmou que é conhecimento geral que o governo é PSD, o líder político concelhio é PSD, é um destacado funcionário do quadro do IEFP, e a entidade superior que procedeu ao encerramento do GIP foi o IEFP, onde tinha um protocolo estabelecido com a junta de freguesia da Reguenga, esse protocolo vigorava por um período de 2 anos, na altura certa foi apresentado a candidatura. E tanto quanto foi se sabe no concelho de Santo Tirso foram cortadas 3 Gabinetes de Inserção Profissional. Dizendo ainda que o governo é que tem utilizado a palavra corte para tudo e mais alguma coisa, sendo o GIP da Reguenga mais um corte para o governo, se bem que está o executivo a realizar esforços para que a junta esteja aberta num período mais alargado, mas não no âmbito do protocolo do GIP tendo sido suspenso, registando o empenho dos membros do PSD em manifestar a vontade da continuidade do GIP, referiu ainda que o protocolo não previa a cobertura das despesas na sua totalidade, mas era uma mais-valia para além de ter a junta aberta, era o atendimento realizado por uma profissional, dando apoio qualificado no âmbito do emprego, mas não quiseram, entenderam que a Reguenga ou esta zona não era preocupação nas questões de emprego e agora é só no Centro de Emprego de Santo Tirso o atendimento.
Em relação ao ponto 3. o Sr. Presidente da junta citou autarcas e opiniões de outros concelhos, quando devemos defender e fixarmo-nos na nossa freguesia. Concordando que o importante é a opinião que está registada, a assembleia por unanimidade se opõe à agregação de freguesias. Sendo a opinião que fica para a história, e, que gostaria de ver os membros do PSD na manifestação realizada em Lisboa, mas em boa verdade como diz o ditado “a festas e baptizados, só vão os convidados” e o Sr. Presidente da junta convidou quem bem entendeu. Em relação à criação de uma comissão para elaborar um parecer contra a agregação da freguesia da reguenga com outra qualquer freguesia, foi dito que o ónus da questão foi atribuído às câmaras municipais, e que deveria a assembleia aguardar pelas decisão da Câmara e depois tomar uma decisão. Era uma questão dirigida à assembleia, e os respectivos membros do partido socialista não teceram qualquer comentário, nem tomaram nenhuma decisão. Querem mesmo, a não agregação da freguesia da Reguenga, ou será que irão optar pela decisão do partido, não olhando aos interesses da freguesia que tanto apregoam.
Entrando no ponto único da ordem de trabalhos, foi questionado o Sr. Presidente da Junta que tipo de apoio foi dado à realização do concerto de música sacra, se monetário se logístico? Em resposta, de uma forma, não tão adequada, e até acompanhada com um pouco de cinismo e gabarola, o apoio dado foi logístico.
No final da sessão, não houve intervenção do público.